Áreas contaminadas necessitam de gerenciamento imediato e eficaz com intuito de remediá-las, sendo a etapa de avaliação preliminar a primeira a ser executada, e uma das mais importantes de todo o processo.
É nesse momento em que é realizado uma avaliação técnica da área para o levantamento de possíveis indícios de contaminação, de fontes potenciais e necessidade de seguir para as atividades de investigação posteriores.
Continue lendo para saber mais sobre o processo de avaliação preliminar de áreas contaminadas!
Quais são os objetivos da avaliação preliminar?
A realização da etapa de Avaliação Preliminar tem como objetivo geral identificar fatos, evidências, indícios ou incertezas que levem a suspeitar da existência de contaminação, gerada a partir de fonte primária localizada dentro dos limites da área em avaliação.
Sendo a etapa inicial de todo o processo de gerenciamento de áreas contaminadas, a avaliação preliminar inicia-se com a busca bibliográfica do histórico local, sendo comum a leitura de projetos, relatórios, e pesquisas existentes sobre a área de interesse.
Nesta verificação preliminar, são observados alguns pontos importantes sobre a área alvo, tais como:
Etapas da Avaliação Preliminar de Áreas Contaminadas
Conforme estabelecido pela ABNT NBR 15515, a seguir podemos observar o fluxo de trabalho desenvolvido durante a investigação preliminar de áreas.
Figura – Etapas do gerenciamento de áreas contaminadas.
Fonte: ABNT NBR 15515-1
As etapas de trabalho desenvolvidas durante a avaliação preliminar são subdivididas segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) nas seguintes fases:
1. Levantamento de informações existentes: consiste na pesquisa, revisão e consolidação de informações disponíveis sobre a área e seu entorno.
Nessa etapa, algumas fontes de informação que podem ser consultadas, como:
Os documentos considerados úteis devem ser compilados e transferidos para croquis, plantas e tabelas, pois serão utilizados nas etapas futuras.
2. Levantamento de informações em campo: consiste no reconhecimento da área com potencial contaminação pelo responsável técnico por meio de inspeção e entrevistas.
Esse levantamento visa confirmar e complementar as informações obtidas na etapa anterior, abrindo a possibilidade de serem revisadas, caso encontrem em campo situações diferentes das existentes nos documentos consultados.
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3. Elaboração do primeiro modelo conceitual e classificação: representação geral das hipóteses de materiais ou substâncias contaminantes identificadas nas etapas anteriores.
O primeiro modelo conceitual da área é uma representação geral das hipóteses de liberação de materiais ou substâncias a partir das fontes de contaminação localizadas na Área com Potencial de Contaminação e dos caminhos de exposição que essas podem percorrer nos compartimentos do meio ambiente.
Sua estruturação é feita por meio de plantas georreferenciadas, texto explicativo e tabela, capazes de demonstrar os riscos ou danos que podem ser causados a partir da contaminação.
Para saber mais sobre as diretrizes para a construção do modelo, consulte o site da CETESB.
4. Relatório de avaliação preliminar: elaborado pelo responsável técnico contendo as informações levantadas e sua interpretação.
O relatório deve conter os seguintes itens:
Após a realização da avaliação preliminar de áreas contaminadas de maneira precisa, caso necessário, realiza-se investigação para confirmação, na qual as etapas são as seguintes:
Na etapa de investigação confirmatória, geralmente são realizadas sondagens no local contaminado, coleta de amostras do solo, águas subterrâneas ou efluentes, seguido de instalação de equipamentos para monitorar o ambiente afetado.
As tecnologias utilizadas podem variar conforme o objetivo da investigação, características do local e tipo de contaminante.
Em seguida, desenvolve-se avaliação de risco à saúde do homem, com um estudo dos riscos realizado de forma minuciosa pelos técnicos. Esta etapa se denomina por investigação detalhada e segue o mesmo fluxo de trabalho da etapa anterior, no entanto de forma mais aprofundada.
Por fim, uma última etapa visa à execução da remediação da área contaminada.
Avaliação de Áreas Contaminadas - Norma ABNT 15515-1
A Norma ABNT 15515-1 foi lançada em 2007, determinando como a avaliação preliminar de áreas deveria ser desenvolvida. Para criação desta norma, a ABNT se inspirou na ASTM (Sociedade Americana de Testes e Materiais).
Segundo a norma regulamentadora, a avaliação preliminar deve ser executada por profissional ambiental devidamente habilitado, o qual deve explicitar em relatório todas as informações relevantes levantadas sobre a área, tanto em revisão de registros como em visita ao local.
Além disso, a norma ainda recomenda que proprietários da área e profissionais atuantes na mesma sejam entrevistados, visando a obtenção de informações adicionais.
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Leituras complementares:
Tenho uma área contaminada, e agora?
Técnicas de remediação de áreas contaminadas
REFERÊNCIAS:
TSL Ambiental. Disponível em:https://www.tslambiental.com.br/avaliacao-preliminar-areas-contaminadas#:~:text=A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20preliminar%20de%20%C3%A1reas,com%20a%20remedia%C3%A7%C3%A3o%20da%20%C3%A1rea.
AmbScience. Disponível em: https://ambscience.com/avaliacao-preliminar-investigacao-confirmatoria/
ECP Consultoria. Disponível em:https://www.consultoriaambiental.com.br/avaliacao-preliminar-areas-contaminadas
Green View. Disponível em: https://greenviewgv.com.br/avaliacao-preliminar/
Stricto Ambiental. Disponível em: https://www.strictoambiental.com.br/blog/noticias/avaliacao-preliminar-e-fundamental-no-gerenciamento-de-areas-contaminadas-entenda/
Cetesb. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/documentacao/manual-de-gerenciamento-de-areas-contaminadas/avaliacao-preliminar/introducao-avaliacao-preliminar/
ABNT. Disponível em: https://supremoambiental.com.br/wp-content/uploads/2019/03/nbr-n-15-515-1-abnt-2007-passivo-ambiental-em-solo-e-gua-subterrnea-avaliao-preliminar.pdf
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