O ciclo da água está diretamente ligado ao clima. Assim, mudanças no clima que alterem o regime de chuvas podem provocar o aumento da ocorrência de eventos hidrológicos extremos, como inundações e longos períodos de seca. Esses eventos afetam a oferta de água, ameaçando o suprimento de recursos hídricos de forma geral.
No contexto atual, as consequências das mudanças climáticas são percebidas de maneira drástica. Não somente o desconforto de oscilações térmicas de dias muito quentes e secos, mas também na questão econômica, gestão de recursos, desigualdade social e desenvolvimento sustentável.
Sendo um direito básico de todos, a água é o recurso que mais sofre com os efeitos da mudança do clima, considerando as alterações nos padrões de precipitação e na disponibilidade e distribuição da vazão dos rios.
Já tinha imaginado a relação dessas duas problemáticas atuais? Continue conosco e saiba mais.
Águas subterrâneas
As águas estão presentes em todos os ambientes terrestres, alguns deles de maneira fundamental, outros de maneira coadjuvante, mas para os seres vivos em geral, a utilização e presença de água de qualidade é primordial.
Seja na forma de gelo, nos pólos e regiões de altas altitudes, nos rios, mares e em zonas úmidas, a água é um bem finito e cíclico.
Ao adentrar o subsolo, processo classificado como infiltração, passa a ser água subterrânea, e a depender do material geológico existente podem formar os aquíferos, armazenando as águas nos poros, fraturas ou condutos que os compõem.
É relevante mencionar, no entanto, que o montante de água presente para uso, não igual para todas as regiões do planeta, além disso existe ainda grande disparidade socioeconômica quando se trata da oferta e demanda de água.
No decorrer dos últimos anos, em virtude de vieses ambientais e climáticos, tem sido investigado e repensado em grandes fóruns de discussão o uso e a explotação das águas subterrâneas de maneira a compreender formas de uso consciente e sustentável das águas, sobretudo para aqueles que mais consomem e para aqueles que mais necessitam e possuem o acesso dificultado.
O uso da água como recurso vital
Certas regiões do Brasil e do mundo são menos favorecidas quanto se fala sobre o acesso a água de qualidade. No contexto brasileiro, ainda que seja um país com significativa presença de corpos hídricos superficiais, existem locais em que o clima seco e árido, levam a população local a se utilizar de outras maneiras de acesso à água, sendo neste caso água subterrânea como sua principal fonte.
Desta forma muitos locais se utilizam da explotação das águas subterrâneas em seu dia a dia, sobretudo nas épocas de secas mais severas, quando os recursos de águas superficiais não são suficientes. A problemática neste sentido se dá quando em virtude da superexplotação das águas subterrâneas, o recurso passa a ser prejudicado por conta do uso indevido dos usuários.
A superexplotação das águas culmina no rebaixamento do nível d’água dos aquíferos, dificulta o acesso ao recurso, e prejudica o ciclo natural das águas influenciando na recarga e descarga ao impor um ritmo de uso mais acelerado que os processos naturais ocorrem.
Ao considerar a questão das mudanças climáticas, no que tange ao uso das águas subterrâneas, a criticidade é elevada ainda mais, pois os fenômenos relacionados ao clima intensificam fortemente as condições extremas tal como as secas que levam ao uso das águas subterrâneas.
Crise climática
É indiscutível que a ação antrópica, desde a época industrial até o momento presente, vem atuando de maneira ferrenha e insustentável, fato o qual contribuiu para a situação climática que a sociedade se depara atualmente.
Fonte: https://pixabay.com
Quando se pensa no uso das águas subterrâneas associado a questão da crise climática civilizatória, é possível dizer que com o agravamento da condição climática o uso das águas subterrâneas será cada vez mais intensificado, tendo em vista que estações e eventos de secas severas, entre outros fenômenos serão mais frequentes. Isto se dará tanto para pequenos consumidores quanto para usuários industriais, o que trará grandes implicações sociais e econômicas.
Além disso, a atuação antrópica contribui negativamente nessa questão, sobretudo quanto a urbanização de áreas naturais, impermeabilização de áreas vegetadas, canalização de corpos hídricos entre outras ações. Todas estas práticas prejudicam a infiltração das águas no solo e comprometem os ciclos naturais das águas, além do mais expõem a população a acidentes ambientais, enchentes e inundações promovendo riscos à saúde humana e dos demais seres vivos e dos ecossistemas.
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Referências consultadas
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Zou, J. et al. Effects of anthropogenic groundwater exploitation on land surface
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